Por Tita Paré
Para você ter uma carreira em um órgão público você tem que prestar concurso, preparar-se uma vida inteira, estudar muito, fazer cursinhos específicos de cada concurso que quer prestar.
Para ser advogado precisa cursar cinco anos de faculdade depois ainda passar no exame da OAB. Se você quer ser médico é preciso estudar seis anos e depois mais um período de residência. Para ser contador, engenheiro, administrador, arquiteto, publicitário precisa estudar de quatro a cinco anos. Se escolher um curso superior tecnológico, precisa estudar de dois a três anos, e assim para ser qualquer coisa na vida precisamos nos dedicar, estudar e nos especializar naquilo que queremos fazer.
Antes de ser publicitária trabalhei em instituições financeiras, mas antes disso, em cada uma delas passei por uma “bateria” de testes, análise de perfil para ver em que setor da empresa eu seria mais produtiva, analise psicológica para conhecer melhor “quem era eu”, prova de conhecimentos gerais, certidão de regularidade eleitoral, certidão negativa de antecedentes criminais, prova de conhecimentos específicos, redação enfim vasculhavam minha vida.
A questão é: Porque para ser um político é preciso apenas saber ler e escrever? Um cargo tão importante que decide os rumos de nossas vidas, literalmente, sim decidem, porque são eles que fazem as leis e que fazem o que bem entendem com o dinheiro de nossos impostos. Nem a lei da ficha limpa que daria uma boa “filtrada” neles foi aprovada. Passou da hora de nos conscientizarmos da importância do nosso voto, a importância de olharmos para os políticos como nossos funcionários e não como deuses onipotentes.
Precisamos analisar a cada um e conhecer a vida pessoal deles (ora se fazem isso para nos dar um emprego porque nós não podemos?) precisamos saber quem são de onde vieram, quem são seus amigos, se eles cumprem com suas obrigações como cidadãos, antecedentes criminais, se estão capacitados para o cargo de vereador e prefeito a que vamos elegê-los. Você é o patrão, quem dita às regras é você! Quando o candidato pede o seu voto cabe a você questioná-lo: Quem é você? O que você pode fazer pela minha cidade? Que soluções você tem para os inúmeros problemas que a sociedade tem? Que soluções de infraestrutura, saúde, educação e lazer? Este é o seu papel de contratante!
Se eu preciso vender o meu voto hoje é porque a minha situação financeira não anda bem? Ou será que eu sou um corrupto e não havia percebido?
Se o problema for falta de trabalho para custear as despesas de minha família eu preciso exigir que o candidato invista em geração de emprego e renda.
Precisamos pensar em conjunto, no bem geral da comunidade, vamos pensar assim: “eu não quero ganhar comida, eu quero ter um trabalho e com toda dignidade do mundo ir ao supermercado comprar o alimento da minha família. Eu não quero ganhar um remédio, eu quero saúde de qualidade para minha família. Eu não quero ganhar uma bolsa de estudos, eu quero escolas publicas de qualidade, e poder ingressar em uma universidade publica pelos meus méritos, e se eu tiver que pagar uma universidade particular isto não será problema, pois eu tenho uma família estruturada em um sistema sustentável e que funciona porque eu elejo pessoas instruídas e capacitadas para governarem a minha cidade e meu país”.
Isso é ser um cidadão consciente, dar valor a nossa cidadania é construir um presente digno e um futuro promissor a toda sociedade.
Fonte: Revista Brilhe
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